quarta-feira, 11 de junho de 2014

O que o futebol pode ensinar para às crianças


          Olá mamães, mil desculpas pelo sumiço, são muitos motivos que me leva a tanta ausência, a falta de tempo está sendo o pior, desde o começo do ano que me transformei na mulher "Bombril", aquela que é mil e uma utilidades (rsrsrs). Porém, nunca pensei em acabar com o blog, provavelmente ainda darei algumas sumidinhas, mas prometo voltar logo!

          Então, vamos que vamos que a Copa do Mundo chegou e para entrar no clima vou compartilhar com vocês uma matéria bem legal:


 


          Enquanto a bola rola solta nos pés, o futebol dá aulas práticas de respeito, coragem, estratégia e resiliência - valores fundamentais para fazer bonito no jogo da vida.
          Futebol, como todo esporte, educa. Isso é certo. E, no contexto da aprendizagem, o futebol deixa de ser negócio milionário e produtor de craques-celebridades para se tornar a mais pura brincadeira. Essa é a essência do jogo; e, a partir dos 6 anos, já é possível formar times, estabelecer regras simples e deixar os pequenos bem à vontade para aprender a lidar com diversas situações, desde treinar a coordenação motora para amarrar a própria chuteira até aceitar o fato de que não gostam de futebol. Sim, isso acontece com as crianças do nosso país. Não é porque o pai pendurou a chuteira no quarto da maternidade que o filho vai ser apaixonado pelo esporte. Então, o que fazer com esses alunos e também com os tímidos ou desajeitados? Aceitá-los como são e incluí-los na brincadeira, que precisa de gente nos bancos de reserva, na torcida, de um fotógrafo registrando a partida, de um gandula. Muitas vezes, os pequenos começam a pegar gosto pelo jogo participando de maneira indireta e fazendo todos os papéis, não só o de craque.
         E vale o alerta para os pais fanáticos: mesmo que meninos ou meninas gostem muito de jogar, a prática deve ser descompromissada de resultados e pressões até os 11 anos. Se a criança estiver em uma escolinha de futebol, é preciso se certificar de que a carga de exercícios e movimentos repetidos não está passando da conta. A preocupação precoce em formar atletas pode sobrecarregar a criança, que não vai viver o lúdico, e sim ser privada da possibilidade de desenvolver o improviso, a espontaneidade. Curtir a beleza do drible, da artimanha para vencer o adversário, pode ser mais divertido e valer tanto quanto marcar o gol.
          O campo, o gol, a autoridade de um juiz criam o contorno para a disputa de 11 contra 11, todos obedecendo às mesmas regras (sejam simplificadas ou mais complexas, conforme o nível do aprendizado). Além de treinar os passes e a corrida, o que favorece o crescimento, a criança exercita a relação com a autoridade do juiz, a autonomia das jogadas, o respeito pelos outros jogadores. Durante uma partida informal, os aspectos emocional, físico e motor estão ativados ao mesmo tempo, o que é muito rico. Ansiedade, inseguranças, questionamentos podem vir à tona e ser processados no jogo ou em conversas com a turma. Isso inclui as questões éticas. Um bom exemplo é: O menino viu que o goleiro se machucou. Ele deve lançar a bola ou pedir ao juiz para interromper a partida e só recomeçar quando todos estiverem bem? O que cada um acha?
          É muito comum que, dentro e fora de campo, as crianças e os adolescentes questionem as regras, e aí o futebol dá outra oportunidade: a de formar cidadãos críticos. Quanto mais eles participam da construção das regras, quanto mais questionam e entendem o porquê de o jogo ser como é, mais comprometidos ficam em cumprir o combinado. Isso também vale na hora de os pais estabelecerem limites em casa. É preciso explicar para que os filhos compreendam que as negativas não são apenas autoritárias mas, formas de ampliar a liberdade e as possibilidades de ação. O goleiro não pode segurar a bola com a mão, para não atrasar a partida. Essa é uma estratégia para que o jogo fique ágil. O futebol ainda ensina as crianças a ser rápidas, como o mundo em que vivemos.
          Esse ambiente circunscrito e os combinados são um treino para que as crianças e os adolescentes aprendam como resolver as questões em grupo.
          Faz parte aprender o valor de repetir uma, duas, dez vezes até dominar o lance e chegar a uma boa jogada. É importante também cair e levantar, lidar com a dor e com a agressividade (a própria e a dos outros), a frustração de ficar no banco ou de ver o time perder. O campinho pode ser um bom lugar para viver intensamente esse turbilhão de emoções, como um laboratório das experiências que virão, quando será preciso enfrentar ambientes heterogêneos e competitivos, driblar as adversidades e pôr a bola para frente todos os dias. 
          O futebol é instrumento de inclusão, uma forma muito concreta de propor e conquistar metas, mas sem perder o caráter de diversão. O jogo ajuda a 'amaciar' o mundo individualista, desenvolve companheirismo, cooperação, cumplicidade, persistência.
          Na infância e na adolescência, esse corpo a corpo de treinos e partidas divertidas é um potente antídoto contra o excesso de tecnologia, que a cada dia torna mais crianças sedentárias. O esporte ajuda a mudar isso, principalmente nas grandes cidades. Os pais, porém, têm que sair da inércia e tirar os filhos do tablet ou do videogame. Enquanto ficam quietos ali, não estão sendo preparados para lidar com a vida e com as pessoas.


Fonte: Mdemulher, ed. Abril

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