quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Papai Noel existe, sim!

Assim como precisamos acreditar que nossos sonhos podem virar realidade, as crianças precisam acreditar nele.


Você acredita em Papai Noel? 

Não queremos a resposta óbvia. Pense mais um pouco. Lembre da sua infância. Da Noite de Natal. Você ficava acordado até tarde? Corria de manhã para ver se os presentes estavam embaixo da árvore? Se você acredita, é provável que entenda e valorize o mundo de fantasia em que seu filho vive!

O velhinho de barba branca significa muito mais para uma criança do que o cara que traz presentes no Natal. Sem menosprezar os tão esperados pacotes,o grande trunfo do Papai Noel é mesmo estimular a imaginação. Ficar fantasiando sobre como ele fabrica e entrega todos aqueles brinquedos, como consegue passar por todas as casas em apenas uma noite,como faz para entrar sem ser visto... É tudo mágico. E você pode ajudar. Escrever a carta, pendurar as meias na lareira, ou os sapatinhos na janela, deixar uma bandeja com leite e biscoitos pra que ele faça uma ceia antes de retomar a volta ao mundo, são rituais dos quais seu filho vai lembrar pra sempre. Como diz Ziraldo, o eterno Menino Maluquinho, a infância passa rápido, mas dura a vida inteira. E é nosso papel ajudar a criar essas memórias.

Tem criança que jura ter visto ou ouvido quando o velho Noel entrou na noite de Natal. É tão gostoso ver as carinhas felizes e assombradas, imaginando o que aconteceu e transformando suas fantasias em realidade. As crianças têm esse poder... É só a gente não atrapalhar.

E, se você não acredita no poder da imaginação, a gente lembra a frase daquele que é sinônimo de genialidade e pensamento racional, ele mesmo, Albert Einstein, que dizia que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Ela é a base da criatividade – aquela mesma que será supervalorizada durante toda a vida do seu filho.

Sem falar que o Papai Noel é, simbolicamente,um protetor, o que atende ao desejo infantil de segurança. Seu sorriso transmite a ideia de felicidade. E saber que ele voltará todo ano, nessa mesma época, ajuda a organizar o tempo para a criança. Não é que a gente fica meio atrapalhado de ver as árvores sendo montadas ainda em outubro, com a sensação de que o tempo está acelerado? Ter um calendário do advento, aquele que marca cada dia do mês que antecede o Natal, vai ajudando a criança a lidar com a expectativa, a tornar mais concreto um conceito tão abstrato quanto é o tempo. Arrumar a árvore todo ano com os mesmos enfeites reforça a sensação de que as coisas vão e vêm. Conseguir colocar a estrela lá no alto mostra como seu filho já cresceu. Reunir a família reforça a sensação de pertencer. Todos esses rituais são importantes. E deliciosos!

Mas é verdade que existem muitas crianças cuja vida não é do jeito que deveria ser. É um grande problema, que me deixa muito triste. É um desafio para toda a humanidade. Mas, digo, as crianças não devem jamais deixar a esperança de lado, nem desistir de seus sonhos.

Pois é, o Papai Noel tem muito mais vantagens do que aquela de fazer as crianças se comportar bem em troca de presentes. Aliás, evite usar o bom velhinho para disciplinar seu filho. Seja você a autoridade. Deixe Papai Noel fazer o que só ele pode fazer. Isso pode desvalorizar a imagem paterna quando a criança descobrir a verdade. A desvalorização está ligada não à falsidade da história do Noel, mas ao emprego de sua figura como escudo para manter a disciplina. É que a criança parece sentir certa insegurança nos pais que precisam utilizar uma autoridade sobressalente, representada pelo mito.

Por falar em descobrir a verdade, isso costuma acontecer na fase entre os 7 e 9 anos, quando a criança desenvolve um pensamento mais racional e concreto, deixando aos poucos as fantasias de lado. Nem é preciso contar, eles descobrem sozinhos. E, se não for a hora de abrir mão da fantasia, seu filho vai seguir acreditando, mesmo contra todas as evidências.

Sim, pode ser que, um dia, ele pergunte: “É verdade que o Papai Noel não existe?” Tenha em mente que se ele está perguntando é porque ainda tem dúvida, senão nem perguntaria. Uma boa saída é dizer: “Ele existe e aparece só para quem acredita. Você acredita?”

Aqui em casa, já aconteceu de tudo. Teve um ano que a Dinda de Julinha se fantasiou de Papai Noel, claro que ela me avisou que estava chegando, aí eu mandei Juju esperar na porta do elevador e para nossa surpresa quando Papai Noel apareceu minha pequena teve um tremendo de um susto, correu para meus braços e foi aquele trabalho para explicarmos  o que estava acontecendo. Ano passado quem se vestiu de Papai Noel foi eu, Juju ainda teve um certo receio na chegada, depois se aproximou; foi o primeiro Natal de Lorenzo (estava com 9 meses) e ele reagiu super bem. Esse ano já escrevemos carta, já foi feito pedido pessoalmente (a todos os Papais Noel que eles encontram por aí), já esquematizamos a noite da chegada do bom velhinho, já foram na loja escolher os presentes e agora estão todos na maior expectativa pela noite de Natal. Falando em escolhas de presentes, essa foi uma tarefa bem complicada, porque eles queriam tudo que viam, mas esse foi o meu propósito, porque pediam mil e um brinquedo, então saber na real o que eles queriam era o que eu precisava, já havia explicado que só podia um, porque tinha os presentes das outras criancinhas para Papai Noel comprar, isso me ajudou bastante. Agora só rola uma certa preocupação, se Papai Noel saberá onde eles moram e qual o quarto?. Sim...Juju veio me dizer que quer dá um beijo e um abraço em Papai Noel para agradecer o presente e que não precisa acordar ela, que acordará sozinha! Isso tudo é muito maravilhoso!!!

Beijos.

Fonte: Marcelo Duarte (texto adaptado), revista Pais e Filhos.

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